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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CHUVA FORTE


São Paulo dormiu e acordou com chuva. Os rios Tietê e Pinheiros ameaçaram transbordar, os córregos desencanaram e saíram correndo livres e soltos pelas ruas. Onibus estacionaram em filas imensas esperando a água baixar. Arvores caíram e carros foram abandonados. Pessoas cansadas dos congestionamentos-monstro dos últimos dias desisitiram do trabalho e decidiram ficar em casa.

Arrumaram armários, limparam gavetas, puseram papeis em ordem, pagaram contas atrasadas (online), telefonaram para os amigos, ficaram de papo-pro-ar,deram banho no cachorro, aproveitaram para preparar uma alimentação leve e caseira. Dormiram um pouco depois do almoço. Alguns mais ousados até assistiram a sessão da tarde acompanhados de pipoca e bolinhos de chuva.

Outros, com menos sorte, viram suas casas inundadas. E aqueles com menos sorte ainda desabaram com elas. Humanos: tão poderosos e ao mesmo tempo tão frágeis.

O céu vai clarear, a cada novo dia o Sol reaparece e com ele o formigueiro humano volta a suas atividades habituais. Limpa, arruma, trabalha, grita, corre e se mata... sem parar. O tempo é curto e há muito por fazer, money, money, money, as engrenagens não param em tempos de bites que se movem na velocidade da luz. São Paulo não para, não pode parar...porque mesmo?

Foto - http://www.flickr.com/photos/leoburgos/3857503882/

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