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quinta-feira, 2 de julho de 2009

No andar de baixo


Estavamos eu e um amigo, juntos, a procura de um departamento para entregar importante documento. Entramos no saguão de paredes imensas, passamos pela primeira portaria, o primeiro balcão, documentos,fotografia,fila e identificação. Catraca, segurança, corredor, garagem, novo portão.Crachá, elevador, mais um corredor, agora de piso estranhamente macio.O teto muito mais alto e nas paredes estantes de vidro blindado. Guardados potes e vasos de cerãmica maia, inca e asteca, facas sacrificiais, cabeças de pedras preciosas incrustradas, baixelas de porcelana de sevres, limoges, joias de ouro maciço, quadros,móveis e brecherets. Aqui e ali um segurança atento observa nossa movimentação. Gentilmente nos encaminha para o andar de baixo. Mesas apertadas, papeis, cadeiras, livros, computadores, telefones, celulares, olhares concentrados,tarefas pressa e agitação. Muitas pessoas ocupadas, as pessoas do andar de cima não sabem o que fazem as do andar de baixo, mas decidem o que é melhor para elas.

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